Atlético-MG resiste à caldeirão na Argentina, faz jogo perfeito na defesa e fica a uma partida do mundial

Galo avança à final da Libertadores após empatar em 0x0 contra o River Plate na Argentina

Após 11 Anos, Atlético-MG Elimina River Plate e Volta à Final da Libertadores em Busca do Bicampeonato

O Atlético-MG está de volta à final da CONMEBOL Libertadores após 11 anos de espera. Com uma campanha sólida e uma defesa impenetrável no jogo de volta contra o River Plate, o Galo garantiu sua vaga e agora se prepara para disputar o bicampeonato da competição continental, revivendo a emocionante jornada de 2013.

Naquela primeira conquista histórica, o Atlético-MG, liderado por Ronaldinho Gaúcho e um elenco talentoso, enfrentou o Olimpia do Paraguai na decisão. Em uma final de tirar o fôlego, o Galo foi derrotado por 2 a 0 no jogo de ida, mas conseguiu devolver o placar no Mineirão em uma noite épica. A decisão foi para os pênaltis, onde o Atlético triunfou por 4 a 3, levantando o troféu da Libertadores pela primeira vez.

Agora, em 2024, o Atlético-MG chega à final com um elenco renovado e disposto a repetir a história, contando com a força da torcida e o peso da tradição para alcançar o tão sonhado bicampeonato e garantir sua vaga no Mundial de Clubes.

Atlético-MG Mostra Força e Frieza

Com uma exibição de respeito, o Atlético-MG foi de um ataque avassalador no jogo de ida a uma defesa impecável na volta, eliminando o River Plate sem dificuldades e carimbando seu passaporte para a final da CONMEBOL Libertadores. Com domínio e serenidade, o Galo enfrentou a pressão de mais de 80 mil argentinos no Monumental de Núñez e, mesmo assim, manteve a superioridade do início ao fim. (veja melhores momentos)

Impondo seu jogo com tranquilidade e precisão, o Atlético provou ser o time a ser batido na competição e chega à decisão com o perfil exigido de um finalista continental: frio, consistente e letal. Agora, o Galo está a apenas um passo do Mundial de Clubes, preparado para buscar o tão sonhado bicampeonato da América.

Atlético-MG Controla o Jogo e Cala o Monumental

Gabriel Milito soube usar o segredo e a surpresa para preparar o Atlético-MG para uma semifinal de Libertadores que exigia sangue frio e muita estratégia. Sem alarde, manteve a escalação do jogo de ida, mas ajustou a postura tática com precisão: o Galo entrou em campo com foco absoluto, com cada jogador anulando as investidas do River Plate e fechando os espaços de forma calculada, especialmente nas bolas aéreas, que eram a principal arma dos argentinos.

Ao longo dos 90 minutos, o Atlético demonstrou um jogo sólido, variando a linha de marcação a cada movimento do adversário e pressionando com intensidade. Mesmo com menos posse no início, aproveitou cada momento com a bola e esteve perto de ampliar a vantagem, especialmente em uma jogada de Deyverson. A partir dos 36 minutos, o time passou a dominar mais a posse, percebendo o cansaço do River.

O segundo tempo foi uma continuidade do controle atleticano. Milito fez ajustes pontuais, trocando Lyanco - que estava pendurado - por Saravia, fortalecendo ainda mais a defesa. O River ainda tentava pressionar e chegou a exigir defesas de Everson, mas parecia entender que a missão estava perdida. Scarpa quase ampliou a vantagem com uma bola no travessão, um toque final que reforçou a superioridade técnica e tática do Galo.

Diante de mais de 80 mil torcedores no Monumental de Núñez, o Atlético-MG mostrou uma performance impecável, que reflete a essência de um verdadeiro finalista de Libertadores. A equipe superou a pressão, a catimba e o ambiente hostil com maturidade, deixando claro que está preparada para a grande final e a 90 minutos do sonho do Mundial.

FICHA TÉCNICA

RIVER PLATE 0x0 ATLÉTICO-MG

Data e horário: 29 de outubro de 2024, às 21h45 (de Brasília)

Competição: volta da semifinal da Libertadores

Local: Monumental de Núñez, em Buenos Aires (ARG)

Árbitro: Wilmar Roldan (COL)

Assistentes: John León (COL) e Richard Ortiz (COL)

VAR: Carlos Orbe (EQU)

Cartões amarelos: Lyanco, Everson (CAM)

ATLÉTICO-MG: Everson; Lyanco (Saravia), Battaglia e Junior Alonso; Scarpa, Fausto Vera, Alan Franco e Arana (Vargas); Paulinho (Otávio), Hulk e Deyverson (Rubens). Técnico: Gabriel Milito

RIVER PLATE: Armani; Bustos, Pezzella, Paulo Díaz e Acuña; Simón (Echeverri), Kranevitter (Villagra) e Meza; Solari (Mastantuono), Borja (Bareiro) e Colidio (Pitty Martínez). Técnico: Marcelo Gallardo